Rua do Quebra Costas


A então Rua da da Bela Vista (1895 ?)
📷  Arquivo e Biblioteca da Madeira - Museu de Fotografia da Madeira - Atelier Vicentes  📷
A rua tem um nome curioso: Quebra Costas. Inicialmente Rua Nova da Bela Vista e, depois, Rua da Bela Vista, foi aberta por volta de 1804 após o aluvião que destruiu grande parte da cidade do Funchal.

por: Paulo Camacho


O nome de Quebra Costas deve-se não propriamente ao potencial que representa para quebrar costas, sobretudo em dias de chuva, que tornam o empedrado mais escorregadio, mas antes à sua configuração, muito íngreme na parte final.

Dizem os estudiosos destas andanças que o empedrado em pequenos sucalcos na parte mais alta, tornam a Rua do Quebra Costas uma autêntica atração para os muitos turistas do século XIX.
Lê-se ainda em levantamentos feitos que num quintal de uma das suas residências existe uma trincheira da 1ª guerra mundial. Isto porque a rua se encontra na linha de tiro dos submarinos alemães que, durante a luta internacional, bombardearam a cidade duas vezes, procurando atingir a fortaleza do Pico, assim como instalações britânicas de comunicações, perto das Cruzes.
A Rua do Quebra Costas (à direita) e a Rua da Carreira (1959)
📷  Arquivo e Biblioteca da Madeira - Museu de Fotografia da Madeira - Atelier Vicentes  📷

Atualmente, a rua tem a igreja anglicana da Madeira, fundada em Março de 1822 e erguida com dinheiro de negociantes de vinho que aqui residiam.

Além das muitas residências que existem, é lá que se encontra a Porta 33, onde residiu, na sua infância, o poeta Herberto Hélder.

Ligava à Rua das Cruzes, mas com a construção da Cota 40 e o parque de estacionamento que surgiu no topo, deixou de existir continuidade.
Termina no parque lá no topo e não tem ligação possível por carro no alto. Só é possível chegar a pé.

A Rua do Quebra Costas tem cerca de 152 metros de comprimento.

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Ruas do Funchal

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O blogue Ruas do Funchal surgiu pelas interrogações que os nomes não me revelavam.

A dificuldade era grande para conhecer o que estava para além do retângulo preto e letras brancas.

Daí surgiu o desejo de conhecer o que esconde cada nome de rua, de avenida, de praça, de lugares da cidade capital da ilha da Madeira. Os espaços que interligam lugares.

Recolhi informação dispersa e produzi.

Continuam a existir realidades desconhecidas que se terão perdido no tempo. Obriga a uma busca persistente, procurando peças de um grande puzzle. Tudo para resultar em mais uma revelação em prol da cidade do Funchal. Cada post é o resultado de muita pesquisa em várias fontes.

As histórias que aqui pode ler e ver em Ruas do Funchal ainda são poucas em relação ao número de arruamentos existentes na cidade. Tenho material para avançar com mais posts, mas exige o tempo que não tenho.

Além da componente escrita, existem fotografias antigas com as quais quero fazer a ponte entre os anos e mostrar vivências dos lugares que hoje conhecemos.

As fotografias, sobretudo as antigas, transportam-nos para épocas que marcaram vivências de um povo que soube caminhar, pese embora, algumas vezes, destruindo história, não a deixando chegar às gerações seguintes.

Este blogue é um lugar único. Reúne a história dos nomes.

O projeto é contínuo, assente num rumo onde o caminho se faz passo a passo.

Paulo Camacho

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